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sábado, 25 de março de 2017

Thamires Santos

Cientistas criam teste caseiro, rápido e barato para fertilidade masculina

Pesquisadores dos Estados Unidos desenvolveram um teste para fertilidade masculina que pode ser feito em casa e com a ajuda de um smartphone. O acessório conectado ao celular tem um custo de US$ 4,45 (cerca de R$ 14) e mostra o resultado em segundos, de acordo com artigo publicado pela revista "Science Translational Medicine" nesta quarta-feira (22).
Até agora, um teste básico para rastrear a fertilidade dos homens precisava ser feito em um hospital ou clínica, com a ajuda de técnicos para operar equipamentos de alto custo. Os resultados podem demorar alguns dias ou semanas.
O teste caseiro desenvolvido pelos especialistas do Brigham and Women's Hospital (BWH) e do Massachusetts General Hospital, em Boston, quantifica a concentração de espermatozóides e sua mobilidade.
"Queríamos uma solução para tornar os testes de infertilidade masculina tão simples e acessíveis quanto os testes de gravidez em casa", disse Hadi Shafiee, pesquisador do BWH. "Os homens têm que fornecer amostras de sêmen em quartos de hospital, uma situação em que eles, muitas vezes, experimentam estresse, constrangimento, pessimismo e decepção. Exames clínicos atuais são laboratoriais, demorados e subjetivos. Esse teste tem baixo custo, é altamente preciso e pode analisar um vídeo de uma amostra de sêmen não diluído em menos de cinco segundos", completou.
O grupo de pesquisadores usou dez voluntários sem formação para testar o novo acessório para celular e sua efetividade para estabelecer resultados. Foram analisadas 350 amostras, com uma precisão de 98% para detectar baixa concentração de espermatozóides e/ou baixos níveis de mobilidade.
Os homens são responsáveis por 40% dos casos de infertilidade, problema que atinge mais de 45 milhões de casais no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.
zo art

Messenger, do Facebook, libera uso de menções e de 'reações' e 'botão não curti'

O Fcebook anunciou nesta quinta-feira (23) a chegada das reações, botões alternativos ao “curtir”, ao Messenger, serviço de comunicação da rede social. Além dos cinco ícones originais e o sinal de positivo, a empresa incluiu a opção do “não curti”. Outra novidade é a menção de amigos e contatos nominalmente em uma conversa para que eles recebam uma notificação.
Até agora, esses botões podiam ser usados para interagir apenas com publicações na rede social -- seu uso não era possível em comentários a posts nem em mensagens enviadas pelo bate-papo.
Para adicionar uma reação, o usuário terá de pressionar a mensagem até que surja a lista com a opção de botões. Os emojis listados são os habituais "amor", "sorriso", "uau", "triste", "zangado" e o "curtir", chamado pelo Facebook de "sim". Segundo a rede social, o sétimo ícone, um polegar voltado para baixo, não é o "não curti", mas o "não".
As reações também serão liberadas para o chat do Messenger no Workplace, a plataforma de comunicação do Facebook para empresas.
Tanto os novos botões para bate-papo quanto as menções começam a ser liberados nesta quinta e devem chegar a todos os usuários nos próximos dias.
Já as menções são inseridas da mesma forma como já ocorre em outros aplicativos, como o WhatsApp, por exemplo. Basta inserir o caracter "@" e o nome do usuário que se tem intenção de mencionar. Esse contato será avisado com destaque. O recurso é útil para conseguir notificar alguém ausente na conversa por, por exemplo, ter bloqueado o recebimento de avisos de uma transmissão de mensagens ou de um grupo.
zo art

Venda de celular no Brasil cai 5,2% em 2016, aponta consultoria

A venda de celulares no Brasil caiu 5,2% em 2016, apontou a consultoria IDC em relatório divulgado nesta sexta-feira (24). A retração anual no mercado de aparelhos móveis é a segunda consecutiva registrada pela firma de pesquisa.
Durante 2016, foram vendidos 48,4 milhões de aparelhos, volume menor que os 51,1 milhões de dispositivos comercializados em 2015. Ainda que as vendas tenham diminuído, o Brasil se manteve como o quarto maior mercado nesse segmento.
O gasto médio do consumidor com celular cresceu. Passou de R$ 882, em 2015, para R$ 1.050, em 2016.
Os dados da IDC mostram que os smarthones caíram mais do que os celulares mais simples, chamados de “feature phones”. A venda dos aparelhos inteligentes recuou 7,3% em 2016, para 43,5 milhões. Já o comercialização daqueles dispositivos que não podem acessar lojas de aplicativos e não possuem sistema operacional cresceu 18,5% e chegou a 4,9 milhões.
De acordo com a IDC, a fabricação de celulares foi atingida pela crise econômica pela qual passa o pais. Tanto que no primeiro trimestre, afirma em nota o analista Leonardo Munin, a produção foi paralisada devido à falta de peças.
A situação começou a se normalizar no segundo semestre. Tanto que, no quarto trimestre, foram vendidas 13,8 milhões de unidades, um salto de 16% em relação ao mesmo período de 2015.
Outro detalhe no comportamento do consumidor brasileiro captado pela IDC é que a preferência por grandes fabricantes diminuiu. Em 2014, 94% dos celulares vendidos eram feitos por seis empresas globais. No ano passado, esse índice caiu para 80%. A fatia das gigantes foi mordida por empresas estrangeiras menores e por companhias nacionais.
Para 2017, a IDC espera que as vendas subam 1,6% e cheguem a 49,2 milhões de celulares. A expectativa da consultoria é que os smartphones reajam e cheguem a 45 milhões de aparelhos comercializados, o que representaria uma alta de 3%.
zo art

De olho nas eleições, serviço de inteligência da Alemanha recruta hackers

Em meio a apreensões quanto a ciberataques em grande escala e campanhas de desinformação (fake news) no contexto das eleições gerais na Alemanha, marcadas para setembro, o Serviço Federal de Informações (BND) lançou um programa de recrutamento de jovens hackers.
Entre outras tarefas, os futuros funcionários estariam encarregados de obter inteligência em setores-chave sob ordens do governo federal, com o objetivo de proteger o Estado e seus interesses. Os "hackers oficiais" deverão identificar e avaliar atividades de espionagem potencialmente danosas, prevenindo ou minimizando suas consequências.
Questões de cibersegurança e defesa ocupam atualmente o discurso político do país, na trilha das alegações de que Moscou teria interferido na campanha presidencial americana em favor do então candidato Donald Trump. Berlim teme ocorrências semelhantes nas eleições para o Bundestag (Parlamento alemão).
Enquanto as nações ocidentais se apressam em modernizar suas políticas de ciberdefesa, o BND oferece em seu website vagas de trabalho para peritos em investigação digital e informática, sob o slogan: "Sherlock Holmes no espaço cibernético: o BND procura analistas forenses digitais".
As qualificações exigidas incluem experiência em engenharia reversa e programação de aplicativos para plataformas móveis de "geração de informação". As vagas oferecidas vão desde especialista em infraestrutura cibernética a cientista da computação.

Problema de espionagem

Os candidatos aos novos empregos na agência de inteligência doméstica alemã são confrontados com desafios investigativos como o seguinte: um serviço secreto aliado pede auxílio ao BND após hackers se infiltrarem no servidor de rede de uma companhia estatal de seguros e mudarem a senha principal do servidor, obtendo assim direitos administrativos plenos.
O inimigo também armazenou dados num setor de memória protegido, e a tentativa do administrador de criar uma nova senha fracassou. Como os agressores conseguiram penetrar na rede?
Para poder completar o processo de candidatura no BND, os aspirantes devem incluir suas reações a esse cenário de ciberataque, respondendo questões como: que tipo de dados os hackers registraram no servidor e quais vulnerabilidades exploraram.
O BND apresenta esse tipo de cenário não só para julgar a competência investigativa digital de seus possíveis futuros colaboradores, mas também para colocá-los em situações práticas.
Segundo Dominik Herrmann, professor convidado de gestão de segurança informática na Universidade de Siegen, esse exercício de recrutamento foca em "programação clássica de segurança e erros de configuração".
"Nada disso surpreende, é tudo matéria muito básica, que também se ensina nos cursos universitários." Um de seus alunos até mesmo resolveu a tarefa, acrescenta o especialista, que também é pós-doutorando da Universidade de Hamburgo.
Herrmann observa que a maioria dos peritos em segurança e investigações com experiência no sistema operacional de código aberto Linux "não deverá ter problemas em resolver o desafio", o qual "não sugere nenhuma qualificação especial, diferente do necessário para um cargo numa corporação".
"Eles parecem estar procurando engenheiros de segurança informática com formação convencional. Esse é exatamente o mesmo perfil exigido por empresas do setor de segurança, por exemplo, para vendedores de aplicativos antivírus e de detecção de intrusão", diz.

Escândalo russo

Em meados de março, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos abriu um processo contra dois agentes secretos russos e dois hackers criminosos, acusando-os de roubar informações de pelo menos 500 milhões de contas da empresa Yahoo.
O elemento de escândalo é que os espiões do FSB russo Dmitry Aleksandrovich Dokuchaev e Igor Anatolyevich Sushchin recrutaram o hacker Alexsey Belan quando este voltou à Rússia em 2013, depois de ser preso na Europa e escapar da extradição para os EUA. Ele constava da lista dos "mais procurados" do FBI.
"Em vez de agir de acordo com o 'aviso vermelho' do governo americano, detendo Belan após seu retorno, Dokuchaev e Sushchin posteriormente o usaram para ganhar acesso à rede da Yahoo", salientou o Departamento de Justiça americano em comunicado.
O caso acirrou os já existentes temores das autoridades alemãs de que tais intrusões se repitam nas eleições de setembro.

Competência limitada

Para aqueles fora do BND e do governo federal, permanece um mistério se a campanha de recrutamento do serviço alemão de inteligência interna é parte de uma nova diretriz.
De qualquer modo, essa investida alemã no campo da investigação digital é significativa no atual contexto de ameaça crescente à segurança. Por outro lado, aponta Herrmann, os exercícios propostos pelo BND a seus candidatos são relativamente simples, comparados aos de outros serviços nacionais de informações, como a GCHQ do Reino Unido.
"A dificuldade é num nível entre principiante e intermediário – o que é compreensível, pois o BND provavelmente não recebe muitas inscrições e portanto não quer afastar candidatos potenciais", afirma.
"Por outro lado, se o departamento alemão só recrutar engenheiros com esse nível de conhecimento, ele está arriscando limitar consideravelmente a própria competência."